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quarta-feira, 16 de março de 2011

O prazer do folhear

Um destes dias, numa conversa com algumas amigas, comentávamos a grande influência da Internet na vida das novas gerações. Dizia-me uma que a filha só estudava no computador e que nem conseguia ler um livro no papel. Dizia-me também que daqui a uns anos já ninguém ia ler um livro impresso…
A conversa surgiu a propósito do novo livro do jornalista Fernando Madaíl, A Costureira sem Cabeça, acabadinho de me chegar às mãos. Manifestei a minha ansiedade de o começar logo a ler, primeiro por ter sido escrito por uma pessoa que admiro muito e por quem tenho uma profunda amizade e segundo porque tenho alguma curiosidade em saber como foi, de facto, vista pelo povo a implantação da República.
Ao olhar para o livro, ao folheá-lo e ao sentir a textura das suas páginas, não quero sequer acreditar que as novas gerações vão desperdiçar o prazer de ter um livro nas mãos, de sentir o seu cheiro, a ansiedade do virar das páginas…
Pensei então nas tais caixas que estão lá em casa, nos livros que fui reunindo ao longo destes anos, no prazer que me deram e continuam a dar, e só espero que essa teoria de que daqui a uns anos já ninguém vai ler um livro impresso seja pura utopia.

1 comentário:

  1. Li o seu comentario sobre ler um livro, e acho a mais pura verdade, sinto tristesa em saber que os meus netos talves não saibam como é maravilhoso ter um livro nas mãos, a ansiedade de virar logo uma pagina e saber como será o proximo capitulo, ou ate mesmo chegar em uma bibliotéca e ver aquele acervo cheio de historias para serem descobertas ... Acho que nada neste mundo podera substituir este prazer, mil beijos ...

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