Já há algum tempo que andava com vontade de cozer pão em casa. A minha mãe fazia uma broa divinal e, mesmo sem querer igualar-me a ela, que tinha umas mãos incomparáveis na cozinha, queria experimentar, quando mais não fosse para reviver esses momentos que ainda recordo com tanta saudade.
Escolhi mal o dia porque estava um calor insuportável. Quando disse ao meu pai o que ia fazer quase que me chamou louca mas o M. disse-lhe que "quem corre por gosto não cansa!".
Resumindo, depois de uma manhã a tirar batatas, a seguir ao almoço lá estava eu e a minha L. prontas para iniciar a tarefa. E foi divertido! Trabalhámos a meias na preparação das farinhas e no amassar da massa até ficar bem macia e com as bolhinhas de que me lembrava.
Enquanto levedava lá fui acender o forno a lenha. Até aí tudo foi simples, apesar do calor. O pior foi mesmo quando tive que varrer e meter a massa ao forno. Bem, o calor era tanto, do forno e da rua, que pensei que seria uma experiência única.
Mas o pensamento durou pouco. Quando vi o pão cozido fiquei mesmo contente com o resultado. Pena que não tinha lá a máquina para fazer uma foto.
Fiquei ainda mais maravilhada quando, enquanto toda a família comia broa quente, o meu pai recordava a minha mãe, ao mesmo tempo que elogiava o meu pão.
O meu sobrinho, depois de meia broa comida com manteiga, continuava a insistir que aquilo não era broa mas pão. Perguntei-lhe qual era a diferença e respondeu-me que o pão era fofo e a broa dura. Fica a dúvida: pão ou broa? Pouco interessa. Foi tudo e... já ninguém jantou!
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